BLOG > Geral | 18/03/2024

HISTÓRIA DA RAZOR 

Há 10 anos, Grégory Reichert, com seus 19 anos, teve a ideia de empreender.  Na garagem da casa da família, em Passo Fundo (RS), improvisou uma assistência técnica para computadores. Começou com amigos e conhecidos, depois buscando clientes no velho método porta a porta. O mercado gamer, o que consideravam ser o melhor mercado a atuar, rapidamente mudou quando a primeira workstation personalizada foi desenvolvida para o escritório de arquitetura que seu irmão trabalhava.  Nesse momento acendeu-se uma luz para o que viria a ser um verdadeiro mercado futuro: os profissionais que precisavam de computadores de alta performance personalizados para atender às suas necessidades.

Um investimento para o futuro

No ano seguinte, convenceu seu irmão André Reichert, que até então trabalhava como arquiteto, a investir no negócio todas as suas economias. O que na época somavam a “fortuna” de R$ 5 mil, para criar o primeiro e-commerce da empresa. Então, juntos em 2015, além dos serviços de assistência e venda de hardware, decidiram investir na criação de um site e uma plataforma de e-commerce. 

Desse modo, eles conseguiram aumentar o faturamento em mais de 10 vezes. Contudo, enfrentaram seu primeiro desafio quando sofreram um calote de R$ 50.000,00, que na época poderia ser o suficiente para fecharem as portas. Felizmente, com a ajuda do pai conseguiram um empréstimo para recolocar a empresa nos eixos e continuar. Mesmo com o baque, o rápido crescimento da Razor fez a empresa retomar os trilhos. Contudo, perceberam a necessidade de uma estrutura maior, já que a garagem dos pais não servia mais como estoque auxiliar. Isso os fez buscarem um espaço maior para dar conta das demandas.

A estratégia que mudou o rumo da empresa

No ano de 2016, ocorreu uma mudança significativa de foco na estratégia da empresa. Antes, ainda focada no mercado gamer, os irmãos decidiram gradativamente mudar seus esforços no segmento profissional. Foi nesse período que começaram a receber pedidos em larga escala, e o crescimento das vendas foi gigantesco. O que ambos achavam ser um mercado saturado, se mostrou uma grande oportunidade com clientes muito carentes de atenção e soluções customizáveis.

No final do mesmo ano, começaram a surgir as primeiras dores de crescimento: a modesta loja de 28m² já não comportava mais a operação, que chegou a usar a casa da família como local para estoque e armazenagem de pedidos prontos.

Nessa mesma época, André, que ainda permanecia trabalhando como arquiteto, ficava cada vez mais envolvido em atividades de apoio à empresa do irmão, principalmente em áreas relacionadas a conteúdos, comunicação e marca. No início de 2017, convencido pelo crescimento da empresa, abandonou sua carreira de arquiteto para se dedicar exclusivamente a Razor.

A partir de então, estava formada a fórmula mágica da empresa: customização, conhecimento em hardware aliado ao conhecimento de software. André tinha conhecimento das rotinas de um profissional de arquitetura, engenharia e design, e sabia quais softwares e aplicações estes utilizavam, pois ele mesmo utilizada muitas dessas ferramentas. Gregory já era um aficionado por computadores desde pequeno, tendo amplo conhecimento de componentes e como otimizar o uso desses na performance da máquina. Ambos conhecimentos, aliados a uma customização que não era possível nos concorrentes, levou a Razor a um grande crescimento nos anos seguintes.

O poder de Fundraising

O crescimento chamou atenção e a Razor desafiou o mercado ao ser selecionada dentre mais de 5mil empresas como uma das 60 startups participantes da edição de 2019 do ScaleUp Endeavor, o programa de aceleração de startups da organização Endeavor. Diferentemente das startups geralmente selecionadas, a Razor surpreendeu por ser uma empresa de hardware e não software. Durante a aceleração, os irmãos ganharam um nova visão sobre a própria empresa e seu potencial. Descobriram o universo de startups, fundraising (captação de investimento) e viram que poderiam crescer ainda mais.

A partir de então a Razor focou em uma abordagem de vendas consultivas, fornecendo computadores personalizados para empresas e profissionais com necessidades específicas de software e alta capacidade de processamento. Dessa forma, a Razor tem registrado um crescimento significativo em seu faturamento e na base de clientes, incluindo instituições e empresas de destaque, como Petrobras, Itaú, USP, Embraer, INPE, Globo e Samsung, entre outras.

A valorização da Razor

No final de 2020 a Razor havia crescido e se profissionalizado, contando com mais de 20 colaboradores na época e construindo seu caminho como autoridade nacional em workstations. Buscando crescimento, os irmãos abriram a empresa para captação de investimentos da Kria, uma plataforma de equity crowdfunding. Para surpresa de ambos, em apenas alguns dias, conseguiram arrecadar cerca de R$ 2 milhões. O investimento permitiu o crescimento da empresa. A qual, se mudou para uma instalação com mais de 1300m² estava criada a primeira fábrica da Razor, com capacidade para suportar o crescimento buscado. Como resultado, isso gerou um crescimento de 140% no faturamento, atingindo a marca dos R$ 22 milhões em 2021.

O sucesso e crescimento contínuo, permitiu a Razor repetir a dose em 2022 iniciando uma nova rodada de captação de investimentos, no mesmo modelo de equity crowdfunding o valor estimado da empresa saltou de R$ 18 milhões para R$ 52 milhões na segunda rodada, representando um aumento de 288% de valorização aos investidores.

Mercado em Crescimento 

De acordo com projeções especializadas, o mercado global de workstations está em constante crescimento, sendo o único mercado de computadores desktop que cresce a dois dígitos ao ano. Há a expectativa de alcançar a marca de US$100 bilhões até 2030. Para André esse avanço ocorre devido à cultura data-driven, na qual as empresas estão cada vez mais focadas em captar e processar grandes volumes de informações para utilizá-las de maneira inteligente e assertiva.

O empreendedor explica que esse aumento na demanda é impulsionado pela necessidade crescente de máquinas profissionais capazes de lidar com projetos de big data e machine learning, refletindo uma tendência de mercado clara e uma oportunidade significativa de crescimento.

“A linha entre workstations e data center tem ficado cada vez mais cinzenta. Teremos cada vez mais demanda de processamento de dados que vão além do nosso público original, expandindo nosso mercado. Médias e grandes empresas vão ter servidores não apenas para armazenar suas informações, mas para processá-las em tempo real na utilização em IA’s corporativas.” (André Luiz Reichert)

Futuro e horizontes

Atualmente a empresa conta com quase 50 colaboradores e não quer parar por aí. Focada em construir o ecossistema em torno do usuário de computação profissional de alta performance, a empresa busca agregar soluções ao leque que vão muito além de apenas computadores, de forma a entregar a solução completa aos seus usuários.

Queremos construir o framework dos profissionais do futuro. Hoje fornecemos apenas o computador como solução de um problema que possui mais camadas. Nosso projeto incluir agregar mais dispositivos como notebooks, All-in-One’s, NUC’s, periféricos para uso profissional como tablets Wacom, mouse e teclados com aplicações para CAD e 3D, licenciamento de softwares Adobe e Autodesk e por fim cursos e treinamentos. Assim agregamos soluções aos nossos clientes que vão desde a aprendizagem do software até a aquisição ou aluguel de sua workstation.” (Grégory Parisotto Reichert)

Ecossistemas Futuros

Segundo os fundadores, o mercado de soluções pro ecossistema workstations é difuso, tendo fabricantes de um lado, desenvolvedores de software no outro e implementação e treinamentos em outro espaço. A própria definição de produto “workstation” ainda não é muito difusa mesmo entre os próprios usuários. Os irmãos fazem um equivalente ao mercado gamer, sequer visto como mercado há pouco mais de duas décadas no universo de computadores:

“Há pouco mais de duas décadas, se você buscasse um ‘computador gamer’ iriam te olhar com uma cara estranha e pedir uma explicação. Já hoje, isso é todo um novo mercado. Com workstations hoje, não é tão diferente. Queremos criar esse mesmo padrão para o mercado de workstations: uma categoria a ser conhecida pelos consumidores, um mercado ‘novo’ a ser criado.” (André Luiz Reichert)

Atualmente, nossa equipe ultrapassa em muito a representação desta foto, contando com mais de 50 membros, os Razoritos, de diversos setores. Juntos, trabalham incansavelmente para desenvolver e fornecer máquinas que atendam às necessidades de nossos clientes.

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